6 de jun. de 2020

Um pouco sobre os dias de PANDEMIA

     Não gostaria de deixar sem nenhum registro um pouco de como tem sido nossa vivência durante este período histórico. Até porque coincidiu com o período da minha terceira gestação, que aliás já deve estar chegando ao fim!
     Entre tantas notícias ruins e restrições de vivência, querendo ou não, aprendemos coisas novas no convívio familiar e certamente nunca mais iremos conviver tanto juntos dentro de casa.
Vou partilhar aqui algumas coisas que temos feito com as crianças - brincadeiras, jogos, atividades e outros. Da última postagem (uns sete meses atrás!?) para cá, as crianças já se desenvolveram consideravelmente, com relação aos hábitos, ao vocabulário e à percepção das coisas.

Jogo "Paciência"

     Os dois (4 anos e 2 anos) incrivelmente tem desenvolvido uma relação de amizade muito bacana, coisa de uns dois meses pra cá, acordam umas 6h00, meia hora antes de nós e ficam brincando (ou brigando...) no quarto deles (e a gente só deitado e escutando),  com brincadeiras que eles mesmo já inventaram entre si. Esconde-esconde, pega-pega, guerra de travesseiro, balançar na rede... 

     Tem as brincadeiras de brincar com o irmão (essas que falei!);
as brincadeiras de brincar sozinho: lego, carrinho, bonecos, bicicleta, desenhar no quadro.
as brincadeiras/jogos de brincar com o papai ou a mamãe: jogo da memória, baralho, dominó, bingo, ficar subindo em cima até a gente perder a paciência, etc.

Jogo "Rodela"
as brincadeiras de brincar com a mamãe: jogar no computador (os joguinhos dos Devotos Mirins), desenhar no Paint, assistir os desenhos do LumineTV;
as brincadeiras de brincar com o papai: jogar videogame (Sonic ou Mario), brincar de dinossauro (correr atrás se acabando de rir), cócegas.

     Podem falar o que quiser os ideólogos de gênero, mas é perceptível demais que nossa menina tem um instinto maternal muito forte que ela desenvolveu sozinha: tudo ela transforma em mãe/pai e filho! O carro maior com o carro menor, a boneca maior com a boneca menor, o bloco de montar... é muito engraçado ouvir as conversinhas que ela cria, e tem apenas dois anos e cinco meses. Aliás é também impressionante como a fala dela está muito avançada com relação à do irmãos nesta idade, cremos que seja pelo convívio com o irmão. Praticamente TUDO que ele fala ela repete, e ele só fica se sentindo importante e rindo (rsrs!). Isso é bom pros dois. Ele gosta de ensinar as coisas pra ela.

     Eles sabem que tem que fazer um pouco de cada coisa: brincar com brinquedos, brincar lá fora, fazer atividade no caderno/livro, comer/lanchar, assistir desenho, cochilar, "ler" livro. Quando já assistiram muito, eles mesmo já sabem e desligam. Temos deixado umas 3 horas por dia de desenho (TV Cultura ou Netflix infantil); não sei se é o ideal, mas na nossa rotina tem dado certo pois é a hora que temos de preparar comida, lavar algo, trabalhar ou ler. Não gostamos de por Youtube por conta de muitos desenhos ruins e oportunistas que vão aparecendo.  

     A fase que o Dudu está agora na verdade era a que eu mais estava ansiosa pra chegar, pois é quando ele pode começar a aprender a ler, a se interessar e a entender todas as coisas. Tenho me esforçado pra sempre passar ensinamentos e conhecimentos bons pra ele, e pra a menor também, utilizando um recurso ou outro, que invento ou que vejo em blogs etc. Aqui tem dois dias na semana  de aula de inglês, e dois dias de aula de música, em que sou a professora. Claro que nem sempre seguimos à risca mas é bom pois ele sabe que existe essa rotina. Como estão sem o livro e sem roteiro de atividades esses dias fora da escolinha, todo dia invento uma atividade no caderninho deles, sobre a história que leram, prática de letras, números, formas, animais, profissões... tudo que vou lembrando. Ou mesmo apenas desenho livre, e vou guardando num envelope os mais interessantes, com a data e o nome que eles intitulam. Aos poucos vou postando como tenho feito essas atividades.


     Eles tem se interessado muito em ouvir a gente ler os livros pra eles, e o Dudu quer que a gente leia tudo que ele vê. Forma palavras quaisquer com as letrinhas dele e se acaba de rir quando lemos (acho que eu também fazia muito isso nessa idade!). O hábito de leitura começa mesmo daí, e pra ter livros não precisa de nenhum grande investimento. Digo isso porque vivo comprando livrinhos de um, dois, cinco reais, sobre personagens bíblicos, historinhas clássicas etc, e pra eles não faz diferença o mais pomposo e o mais baratinho. (O que eles mais estavam gostando era um dos 3 porquinhos, que foi R$2,00!)



     Quanto à vida de oração deles, temos cultivado uma oração da manhã, a oração antes das refeições e antes de dormir, e às 19h30 a oração da dezena do terço em família. Sabemos da importância de rezar o terço em família, que Nossa Senhora pediu, mas como não tínhamos o hábito, começamos devagar, com a dezena, e tem dado super certo; fiz uma caixinha onde dentro eles colocam nossos terços, e na frente tem o espaço pra encaixar a figura do mistério do dia, aí eles já sabem qual contemplaremos naquele dia.

No final de tudo, vão captando bem vários episódios da vida de Jesus, pois sempre que possível (não estão com muito sono) falamos um pouco sobre aquele mistério e também ensino uma musiquinha relacionada a ele.

     A Missa temos assistido pela TV ou Youtube ao vivo aos domingos. Por mais diferente que tenha sido essa experiência (e com o passar dos domingos começou a ficar um pouco chato...), procuramos passar ânimos pra eles, preparando-os para o horário da Missa, acendendo a vela, pegando umas flores pra por num vaso, escrevendo no quadrinho o refrão do salmo. O importante é manterem em mente que domingo é um dia especial e dedicado a Deus.



     
     O mais marcante nesse período tem sido a rotina planejada. Já sabem que tem a hora de cada coisa, pelo reloginho ilustrado que pus na parede pra eles verem (apenas pra terem uma noção das atividades). 

 Tem sido bom, mas percebemos que eles ficam muito ansiosos para chegar a hora de alguma coisa específica, em breve tentaremos outras estratégias pra que não fiquem tão dependentes de saber que horas são. Por isso acho que nunca há uma rotina perfeita, cada família deve ir fazendo tentativas pra ir melhorando.






Depois vou postar algumas fotos de como foi a quaresma e o período pascal durante a quarentena. O que acharam? Tem algo que tem sido interessante também em sua pandemia? Fiquem com Deus!

Sem filtros pra definir bem um
momento de paz apesar das paredes pra
pintar e a pouca vaidade da pessoa


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