20 de abr. de 2017

Lista de bons Cantores Católicos Brasileiros

Para quem quer conhecer o maravilhoso mundo de músicas católicas, sugiro uma lista com algumas boas bandas e cantores mais famosos, e outras que conheci a pouco tempo, com uma breve descrição do estilo. Até mesmo para alguns católicos há a impressão de que não existem tantas bandas católicas boas, talvez porque infelizmente a maioria dos católicos restringem músicas de cunho religioso apenas para dentro da Igreja. Mas existem muitos compositores católicos incríveis, que compõem músicas de diversos ritmos e estilos contemporâneos. Se conhecerem mais alguma banda ou cantor podem sugerir nos comentários!

Bandas:
- Banda Dom
- Rosa de Saron
- Anjos de Resgate
- Vida Reluz
- Ministério Adoração e Vida
- Ceremonya
- Lírio dos Vales
- Banda Canal da Graça

A Banda Dom, os Anjos de Resgate e o ministério Adoração e Vida são marcados pela suavidade nas músicas, e o timbre bem característico e inconfundível dos vocalistas. Muitas de suas músicas são usadas em momentos de adoração e de espiritualidade.
O Rosa de Saron tem um estilo misto, com letras que falam não necessariamente de Deus, mas falam sempre de amor e da mensagem do evangelho aplicada nos dias atuais, em ritmo de rock contemporâneo e mais sóbrio. Já a Ceremonya é um rock um pouco mais carregado.
As banda Lírio dos Vales e Canal da Graça conheci recentemente mas possuem músicas excelentes também.

Cantores:

- Adriana Arydes (Paulinas)
- Eliana Ribeiro (Canção Nova)
- Irmã Kelly Patrícia
- Maria do Rosário (Rede Século 21)
- Salette Ferreira (Canção Nova)
- Celina Borges
- Jacke Trevisan
- Tony Alisson
- Thiago Brado

Adriana e a irmã Kelly já têm uma longa jornada enquanto cantoras católicas com músicas que já estão bem entranhadas em nossas celebrações e encontros de espiritualidade, pela delicadeza e suavidade das letras e músicas. Atualmente a irmã Kelly tem gravado muitas músicas de ritmos mais agitados para louvor, tipo rock e balada.
A Eliana, na verdade, não sei dizer se ainda está na carreira de cantora, mas possui músicas muito boas também como "Barco a Vela" e "Livre Acesso".
A Maria do Rosário compõe e grava muitas músicas litúrgicas belíssimas (link).
A Jacke Trevisan tem estilo mais agitado para momentos de louvor e descontração.
O Thiago Brado tem um estilo semelhante ao de Rosa de Saron (na minha opinião), conheci recentemente e gostei bastante de suas músicas.

Tradicionais:
- Pe Zezinho
- Pe Joãozinho
- Pe Cleidimar
- Pe Reginaldo Manzotti
- Pe Fábio de Melo

O padre Zezinho, creio que seja o padre que mais compôs músicas até então, creio que mais de 300, as quais marcaram minha infância. Ele já compôs sobre tudo! Músicas marianas, sobre matrimônio, para crianças, para os jovens, para cantores católicos, músicas litúrgicas etc.
Padre Joãozinho e Cleidimar também gravam muitas boas músicas litúrgicas, usadas nas celebrações, O Padre Reginaldo grava muitas músicas de espiritualidade boas, apesar de poucas serem de sua autoria, mas têm feito bastante sucesso principalmente por seu apostolado através do rádio. 
Fábio tem gravado muitas músicas seculares com temáticas de amor, mas também possuem músicas boas de espiritualidade,


Por fim cito duas cantoras internacionais que gosto muito:
- Hermana Glenda
- Audrey Assad

A Irmã Glenda tem uma voz e melodias que mexem com o espírito, suas letras em sua maioria são tiradas de pequenos versículos da bíblia que são bastante repetidos o que acaba nos ajudando a interiorizá-los bem. Algumas de suas músicas inclusive foram traduzidas e regravadas pela Adriana Arydes.
A Audrey é um estilo bem contemporâneo, bem calmo, com voz e piano, com letras tiradas de hinos litúrgicos e salmos. 

Ouçam e curtam! ♥♪♫

"Se queres ouvir o que cremos, vinde ouvir o que cantamos." Santo Angostinho

10 de abr. de 2017

Meu parto humanizado no SUS - experiência

   Nosso filho, enfim, nasceu! 27 de janeiro de 2016.


     Gostaria de deixar um pouco da minha experiência de parto e parabenizar meu atendimento no
SUS. Mesmo com muitos medos por parte da família, resolvemos arriscar e fizemos todo o pré-natal no posto de saúde mais próximo, e fui acompanhada por uma enfermeira muito boa, e a maior parte dos exames necessários foram feitos pela rede cegonha. 

     Como fiz natação durante toda a gravidez e não tenho histórico de doença grave na família, mantive o sonho de um parto normal humanizado, porém sabendo que atualmente no Brasil ocorrem tantas cesáreas eletivas e maus tratos nos partos normais por parte dos profissionais. Fiquei tentada a pagar umas enfermeiras que fazem parto humanizado em casa na cidade, mas descobrimos uma maternidade que tem assistência a um parto mais humanizado pela rede pública (o hospital universitário daqui). Então fiz uma visita e fiquei mais tranquila, mas havia o risco de não haver leito disponível na hora "h" (se isso ocorresse nos transfeririam a outra maternidade). 

     Com um mês antes do previsto (36 semanas + 1 dia), comecei a sentir as dores às 3 horas da madrugada, e às 8 horas da manhã ele nasceu, com 3kgs e muita saúde! Graças a Deus, neste dia, havia muitos leitos vazios. Nos surpreendemos com leitos de parto separados uns dos outros, onde ofereciam bolas de pilates e cadeiras para parto para a parturiente se sentir a vontade na melhor posição. Sabia que na cadeira de parto o expulsivo era mais fácil devido à ação da gravidade, então resolvi tentar. Queriam me dar ocitocina para acelerar as contrações do expulsivo, mas eu pedi pra esperar pois eu acreditava que não ia precisar. Meu esposo esteve comigo durante todo o processo, e em uns vinte minutos de expulsivo, nosso filho logo nasceu, e a obstetra (coincidentemente também chamada Amanda e com 24 anos!) colocou-o nos meus braços, e ele logo olhou para mim e para o pai... e isso jamais será apagado de nossas lembranças, passaria por tudo de novo!! Depois disso recebemos toda assistência necessária por vários profissionais e recebemos alta no terceiro dia. O quarto onde passamos este tempo é para quatro mulheres, um pouco apertado, e as instalações do banheiro não eram boas mas, tirando isso, foi tudo muito bom.

     Sei que cada mulher tem um limiar de dor diferente, e cada trabalho de parto, uma duração, mas pela experiência que tive, posso dizer que foi uma dor bastante suportável (a parte mais dolorosa, na minha opinião, foi o expulsivo). Somos capazes de dar a luz naturalmente, eu acreditei nisso e recomendo para todas que desejam  e podem passar por esta experiência! É preciso preparar-se psicologicamente, não dar ouvidos àqueles que fazem tanto terror, conhecer de antemão as etapas do trabalho de parto. Sempre procurei enxergar esta dor como algo que o próprio Deus dá a nós, mulheres, como um choque de realidade necessário para a nova fase da vida em que estamos entrando.

     Talvez não teria passado por isso com tranquilidade se não fosse meu esposo e meus pais, que me acompanharam durante toda a gestação, durante a qual tive a intercessão de Nossa Senhora do Bom Parto, mãe de Jesus e nossa mãe. Louvado seja Deus!


--- postagem minha do antigo blog Passos de Uma Caminhada do dia 7/2/2016 ---

6 de abr. de 2017

Leitura de documentos da Igreja? Kindle

Eu e meu esposo descobrimos no Kindle, da Amazon, uma nova paixão. Uma das maiores vantagens para mim, além do fato de comprar livros em formato e-book ser mais barato e menos espaçoso, foi a ideia de copiar os documentos igreja (encíclicas, exortações apostólicas etc) do próprio site do vaticano, que dá acesso gratuito, e enviar para o Kindle. Eu que antes gostava de comprar a edição impressa pela Paulus ou Paulinas, encontrei nesta prática uma excelente solução.
Fica a dica!


3 de abr. de 2017

Testemunho de Carmen Hernandez

"Tudo depende da mulher, porque tem a fábrica da vida. Por isso a serpente persegue a mulher desde a primeira parte do Gêneses até o fim, no Apocalipse. Por isso as primeiras que anunciaram a Ressurreição foram mulheres, porque tem a vida dentro de si, sabem o que é." Carmen Hernandez (sobre o aborto)



Carmen Hernandez foi iniciadora do Caminho Neocatecumenal juntamente com o Kiko e o Padre Mário, na Espanha, e faleceu ano passado, dia 19 de julho de 2016 . Enquanto membros deste movimento (no meu caso, desde 2008), somos bastante familiarizados com suas pregações. Carmen tem uma história de vida muita bonita, de fidelidade à Igreja e de insistência pela coerência do movimento para com a Igreja, história esta que nos foi apresentada com mais detalhes após sua morte. 

 Ela era vocacionada desde sua juventude, inspirada pelos jesuítas, e sempre alimentou o desejo de ser missionária na Índia, mas seu pai queria que ela e os outros 8 irmãos se formassem e trabalhassem na indústria. Tentou várias vezes ir para a missão, mas por pressão do pai, concluiu seu curso de Química, e então, sendo de maior, foi para a missão. Mesmo durante sua graduação, nunca deixou de ir à Missa diária, o que a alimentava e dava forças.

Entrou então para um instituto de freiras fundado por missionárias do Japão. As irmãs deste instituto estudavam Medicina, mas como Carmen já tinha um curso superior, estudou Teologia. Antes de fazer os votos perpétuos, houve várias mudanças das regras do instituto, devido à mudança de coordenação, que eram mais rigorosas. Após esta mudança (sem entrar muito em detalhes) muitas irmãs, incluindo Carmen, foram afastadas do instituto por não concordarem totalmente com as novas regras [dizem que Carmen levou junto do instituto o Espírito Santo pois não surgiram mais vocações para lá!]. Carmen e as outras, apesar de tristes, continuaram a missão, viajaram muito, foram até à Terra Santa.

Mal sabia Carmen que, em uma dessas viagens iria encontrar-se com Kiko, em uma das favelas de Madrid, convivendo com os pobres, favelados e ciganos, anunciando o Evangelho. Nessa época Carmen se impressionava ao ver o quanto as pessoas se interessavam pela mensagem de Cristo, e quanta fé e sinceridade tinham, mesmo sem ter nenhuma instrução; às vezes se sentia uma farisaica por achar que apenas com formação profunda poderia compreender a mensagem evangélica.


Carmen passou então a ajudar a Kiko na missão na favela, através de sua formação. Ela dava as catequeses iniciais (o kerigma) que fez converter muitas pessoas, pobres, bêbados, prostitutas das favelas; as catequeses eram complementadas com os cânticos que Kiko compunha, baseados em passagens bíblicas. O bispo local, ao ser chamado para conhecer, se emocionou tanto que pediu para eles pregarem as mesmas catequeses nas paróquias. São as catequeses que até hoje recebemos nas paróquias, para entrar no Neocatecumenato.

Carmen então estudou sobre o Rito de Iniciação cristã para Adultos (RICA), que estava sendo reformulado pelo Concílio Vaticano II, e após as catequeses iniciais as pessoas então iniciavam o catecumenato, chamado então "neo-catecumenato" ou "caminho neocatecumenal", já que seria um catecumenato pós batismal, diferente do catecumenato vivido nos primeiros séculos da igreja que era feito antes do batismo. E assim o caminho foi crescendo, formando comunidades pequenas que iam vivendo exatamente as etapas do RICA.

Desta forma, vemos que o "Caminho" não foi pré-concebido, mas nasceu pela obra do Espírito Santo, com seu carisma próprio. Se em alguns momentos o Caminho errou, seja na forma de celebrar ou de catequizar, a Igreja foi corrigindo, principalmente por insistência da Carmen, que até sua morte insistia para que o movimento fosse sempre fiel à Igreja e que fosse combatido o "Kikianismo" - como até hoje muitos acusam o Caminho - no sentido de que ele deve ser centrado na Igreja, no Papa, e não na pessoa do Kiko, além de sempre insistir na importância da mulher no seio da Igreja. Hoje temos inclusive o diretório específico para o movimento. Todos os papas sempre o apoiaram, pois poucos movimentos conseguiram seguir o RICA de uma forma tão frutuosa, e dão tantas vocações sacerdotais, matrimoniais e missionárias como ele.

Dizem que muitos milagres já foram atribuídos à intercessão de Carmen, após sua morte. Se forem comprovados pela Igreja, em breve acompanharemos seu processo de beatificação. Mas que desde já peçamos sua intercessão para que ajude-nos a sermos sempre fieis a Deus e à Igreja, e nos ajude a saber evangelizar, e a não ter medo de anunciar!