7 de jan. de 2018

**Nascimento de Edith**

Os dias mais bonitos e marcantes da nossa vida precisam ser registrados, além da lembrança. E esse dia em que nossa primeira florzinha nasceu vou compartilhar um pouco nesta página!


Esta gravidez, assim como a primeira, foi bem tranquila; houve apenas duas coisas que nos preocuparam ao longo dela. A primeira foi ter ocorrido uma suspeita de toxoplasmose que, graças a Deus, logo foi descartada após novos exames. E o outra foi o fato de nosso filho mais velho, de quase dois anos, ter [meio que] me rejeitado nos dois últimos meses, não sabemos explicar ao certo o porquê, mas fomos compreensivos com ele. O mais interessante disso tudo foi que essa suspeita da toxoplasmose nos levou a ter direito à atendimento na maternidade que queríamos, que foi onde Eduardo nasceu. A previsão para ela nascer, completando 40 semanas, seria dia 19/1,  mantendo a tradição da família de nascer em janeiro (os quatro)! Como o Eduardo nasceu com 36 semanas sem nenhum problema, eu desejava, no fundo, que ela não chegasse até 40; quando chega em 35 a gente começa a sentir realmente o incômodo do peso, embora dessa vez eu não tenha inchado nenhum pouco e por isso o incômodo foi menor. Desejava, ainda, que ela nascesse antes do meu aniversário, dia 4, pois nunca gostei muito de ser o centro e ela seria uma fuga para mim... então seria um presente maravilhoso. E Deus conhece os desejos mais íntimos do nosso coração!

Enfim, vou descrever aqui o passar das horas desse dia 3 de janeiro a partir das primeiras contrações:

12:30 - comecei a sentir contrações leves e espaçadas sem ritmo específico; não desconfiei muito de ser trabalho de parto, pois vinham uma hora, meia hora, 20 minutos, e já tinha sentido há alguns dias eventualmente.

15:30 - comecei a perceber que estavam vindo com ritmo de 9 em 9 minutos, embora fossem leves, e comecei a anotar a hora de cada uma. Estava sozinha com Eduardo.

16:30 - comecei a arrumar as coisas para ir para a maternidade e liguei para o meu pai; o Wayner estava no trabalho e liguei para ele, que estava dando aula. Passamos pra pegar ele e fomos, também minha mãe e o Eduardo.

17:15 - chegamos à maternidade, eu estava com 3 centímetros de dilatação, os médicos disseram que seria uma hora para dilatar cada centímetro que faltava para dar os 10 cm totais, ou seja, eu só iria parir lá pra meia-noite! Mas o médico mediu a dinâmica do bebê e viu que eu realmente estava tendo contrações de 4 em 4 minutos, e eu sentia que não ia demorar, visto que meu primeiro parto evoluiu rápido, então deixaram a gente internar logo. Meus pais comentavam que eu nem parecia que tava parindo, pois ficava bem tranquila entre uma contração e outra!

18:30 - eu e meu esposo já estávamos na sala de parto, as contrações foram ficando cada vez mais fortes e próximas. Agora sim posso dizer que essas contrações são a maior dor (pelo menos física) da vida de uma mulher, pois na do Eduardo não senti tudo o que eu senti agora. É um tipo de dor que parece que não há posição que alivie. Apesar disso, para nosso alívio, os intervalos entre as contrações são incrivelmente sem dor. Chegamos a oferecer aquelas dores pelos nossos pecados, por todos os que sofrem, pelos doentes, pelas mães que querem abortar...

20:00 - apesar dos meu gritos, só escutávamos os médicos/enfermeiros dizerem "Ah, ela tava só com três centímetros!", só se apressaram quando pedi pro Wayner dizer pra eles que eu estava com vontade de fazer força. Aí que a médica fez o toque e acreditou, pois a dilatação já estava total. Gritou pras enfermeiras trazerem o material para parto. Eu já estava na banqueta para parto e não quis sair de lá. Não deu tempo de por o acesso e nem precisou.

20:50 - nasce Edith, com 2,930kg, 50cm, 38 semanas! Wayner cortou o cordão e logo a placenta saiu e colocamos a bebê pra mamar, e pude exclamar "louvado seja Deus por sua vida, minha filha!". As enfermeiras comentaram que eu nem parecia que tinha acabado de parir, de tão tranquila rsrs. Precisei levar dois pontos...

Não é porque sou a mãe, mas achei ela muito linda! Passamos ainda as 48 horas mínimas necessárias para a alta do hospital, o Wayner e minha mãe revesaram a vaga de acompanhante, e fomos finalmente para casa no dia 6 às 11 horas. Como o dia que ela nasceu foi os 30 anos de casados dos meus pais, guardaram o bolo para quando nós chegássemos, e comemoramos aqui em casa, no dia em que chegamos, as bodas deles, o meu aniversário e a chegada da bebê. 

Depois que ela nasceu fomos ver no calendário litúrgico que dia 3 de janeiro faz-se memória ao Santíssimo Nome de Jesus; que a vida da Edith possa realmente ser um louvor a este nome Santo!

Na saída da Maternidade, dia 6 de janeiro

2º dia de vida


Agora vamos aproveitar para curtir essa nova fase! Não vou mentir que tenho um pouco de medo de como será daqui pra frente, mas sei que para cada vida que nasce, ainda mais no seio de uma família edificada em Deus, haverá sempre o sustento e a providência. Finalizo com esta passagem tão comum porém tão própria para este momento, e com uma frase de Santa Edith Stein: 

"Até aqui o Senhor nos ajudou!"1 Sm 7,12


“Quanto mais alguém está imerso em Deus tanto mais deve sair de si, isto é, ir para o mundo a fim de levar a este a vida divina”. Santa Edith

Abraço a todos, rezem por nós!



4 comentários:

  1. Belíssimo relato: comecei a ler o relato, em voz alta, para que Nilde acompanhasse e, lá pro final já não estava mais conseguindo ler. Emoção! Então ela concluiu a leitura. Você é uma grande mulher. Gosto sempre de dizer: Bem aventurada a vida que gera vida. Parabéns!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Parabéns, minha irmã! Lindo relato, tua força é admirável! Que Edith seja linda , talentosa e exemplo de cristã como você!

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  4. Muito lindo, Amanda! Espero que muitas famílias sejam edificadas com esse texto.

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